quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Profissão gamer no DF: mercado em alta, muitas carreiras possíveis e um hub para acelerar estúdios

Com crescimento, empregos e novos programas de formação, Brasília se consolida como polo emergente da indústria de jogos. Neste crescente, a ABRING lança iniciativas e cuida de incubadora para profissionalizar o ecossistema.



Se, para muita gente, “gamer” é sinônimo de quem joga, no mercado de trabalho a palavra abre um universo de carreiras. Programadores, artistas 2D/3D, designers de UX (experiência do usuário), produtores, testadores (QA), músicos e profissionais de marketing compõem um setor que não para de crescer no Distrito Federal.


Segundo o Relatório Anual da Indústria de Games do DF (ABRING, 2024), foram 46 projetos desenvolvidos nos últimos quatro anos, cerca de 180 empregos diretos mapeados e faturamento acima de R$ 8,5 milhões em 2023, valor 10,8% maior do que em 2021. “O Distrito Federal se consolidou como um dos polos emergentes de desenvolvimento de jogos do Brasil. A curva é ascendente e os dados mostram que não é moda passageira, é economia criativa gerando renda, tecnologia e inovação”, afirma Igor Rachid, presidente da ABRING.


O aquecimento aparece também no volume de empresas e na cadeia de serviços. Em 2023, 37 desenvolvedores mapeados já somavam os 180 postos diretos. Hoje, considerando mais de 46 estúdios e prestadores associados, a estimativa de Rachid é de 280 a 500 empregos diretos, além de centenas de indiretos em eventos, marketing, publishing, áudio, QA e infraestrutura. “O impacto econômico dos games está mais visível porque se espalha por várias competências, da engenharia de software à economia da cultura. Brasília reúne talentos, universidades, editais e agora estruturas de incubação que encurtam o caminho entre a ideia e o produto”, diz Rachid.


Múltiplas carreiras além do código

A demanda das empresas candangas é variada. Programadores (gameplay, engine, back-end e porting) seguem em alta, ao lado de artistas 2D/3D e animadores, game designers, UI/UX designers, produtores/gerentes de projeto, QA testers, compositores e sound designers, além de marketing, community management, publishing e desenvolvimento de negócios. “Um mito comum é achar que só quem programa tem espaço. Outro é acreditar que basta gostar de jogar. A indústria exige formação técnica e competências multidisciplinares. Há vagas reais para perfis criativos, de gestão e de comunicação”, explica Igor.


Por onde começar

Para quem quiser entrar, a palavra-chave é prática com orientação. No DF, a Mostra BRING é um excelente ponto de networking e vitrines de projetos. Além de game jams (prototipagem colaborativa), bootcamps e game labs (capacitação intensiva com mentores), trilhas de mentorias (técnica e gestão para empreender) e incubação no Brasília Game Hub (BGH). Outro incentivo e ponto de partida são os editais e fomentos via SECTI, SECEC, FAC-DF e FAP-DF. “Quem participa de jams e labs aprende pipeline, escopo e entrega. É o tipo de vivência que emprega. Nossa trilha cobre da formação à internacionalização, com missões para feiras como Gamescom, GDC e Tokyo Game Show”, completa.


Quanto se ganha

Não há tabela oficial no DF. Os contratos variam entre PJ, CLT e por projeto. No estudo feito pela ABRING, as faixas praticadas ficam, em geral, em R$ 2,5 mil a R$ 4 mil (júnior), R$ 4 mil a R$ 7 mil (pleno) e R$ 7 mil a R$ 12 mil (sênior/líder). Benefícios comuns incluem trabalho remoto/híbrido, licenças e equipamentos, VR/VA e, em alguns casos, participação nos lucros ou bônus por milestone (etapa importante do projeto concluída). “Salário melhora quando o time domina processo e especializa o portfólio: porting, co-dev e QA para publishers internacionais são trilhas com boa demanda”, pontua Rachid.


ABRING e o Game Hub: profissionalização e escala

A ABRING opera em três frentes: Formação e Empregabilidade (game labs, bootcamps, trilhas de mentoria e incubadora), Fomento e Internacionalização (editais, parcerias e missões) e Reconhecimento Cultural e Econômico (festival e mostras BRING, articulação com mídia e governo). Em 2025, a entidade cuida do eixo de incubação do Brasília Game Hub (BGH), com mentorias, coworking e acesso a editais, ancorada em metodologias testadas desde a Indie Warehouse (2016). “O BGH nasce para transformar bons protótipos em negócios sustentáveis. A meta é aumentar o número de estúdios formalizados, ampliar empregos e preparar equipes para publicar e exportar”, conta. 


A ABRING também articula linhas de crédito para startups e conexões com publishers, aceleradoras e fundos, em sinergia com programas como Exporta Games e bolsas de capacitação internacional. “O papel da associação é reduzir atritos: conectar times a investimento, mercado e conhecimento aplicado. Com isso, Brasília deixa de ser apenas vitrine de talento e passa a ser também território de escala”, diz Rachid.


Tendências para os próximos cinco anos

O mapa traçado pela entidade projeta escala do ecossistema (mais estúdios formalizados e empregos), profissionalização contínua (expansão de bootcamps e labs), fomento perene (FAC, SECTI e novas linhas específicas) e internacionalização (parcerias LATAM e presença em feiras globais). A prestação de serviços B2B (venda de produtos ou serviços para outra empresa, ao invés do consumidor final) deve crescer, com QA, porting, codesenvolvimento e outsourcing para publishers estrangeiras. “O DF tem condições de exportar serviço e IP. Nosso desafio é consistência: pipeline, gestão e acesso a capital. É isso que o ecossistema local está construindo agora” avalia Igor Rachid.


Sobre a Abring

Criada em 2021, a Abring atua de forma consistente no fortalecimento do ecossistema de games do Distrito Federal. Seu trabalho é voltado ao estímulo ao empreendedorismo de longo prazo, à inovação e à construção de uma comunidade conectada de desenvolvedores. A associação promove oficinas, mentorias, grupos de estudo e eventos voltados à profissionalização do setor — e a incubadora do Brasília Game Hub é um dos seus projetos mais ambiciosos.


Serviço

ABRING

Brasília Game Hub (CLN 305 Bloco C)

Funcionamento: segunda a sexta-feira, de 9h às 19h

Informações: https://www.instagram.com/associacaobring


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