domingo, 6 de abril de 2025

Memorial dos Povos Indígenas terá lançamento de quatro livros

Evento celebra a literatura e a resistência no Memorial dos Povos Indígenas

Em meio à maior mobilização indígena do Brasil, o Acampamento Terra Livre (ATL) 2025, o Memorial dos Povos Indígenas (Zona Cívico-Administrativa, em frente ao Memorial JK) será palco de um evento literário de grande relevância. No dia 12 de abril, a partir das 10h, quatro livros de autores indígenas serão lançados, trazendo narrativas que entrelaçam ancestralidade, resistência e identidade. O evento acontece no mesmo período do ATL, reforçando a importância da literatura como ferramenta de luta e preservação cultural. Os lançamentos fazem parte do edital de incentivo promovido pela gestão do projeto educativo da ONG Amigos da Vida, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.



Entre os autores, Melissa Xakriabá traz "Curumins Arteiros", um livro que apresenta a infância indígena a partir da perspectiva dos próprios curumins. Na trama, um grupo de crianças vive suas aventuras na aldeia, enfrentando desafios e ritos de passagem em meio à presença de seres encantados. A autora, que também é atriz, contadora de histórias e educadora, reforça a importância da educação decolonial e da valorização das infâncias indígenas.

Juão Nÿn, multiartista Potyguara e militante do Movimento Indígena, apresenta "Tybyra - Uma Tragédia Indígena Brasileira". A obra resgata a história de Tybyra, indígena Tupinambá executado em 1614 por sodomia, no que é considerado o primeiro caso documentado de LGBTfobia no Brasil. Nesta edição bilíngue em Tupi Potyguara, o autor expande a narrativa com novos atos que aprofundam as relações familiares e a dor da mãe do protagonista após sua execução.

A pesquisa histórica também se faz presente com "Escravidão Indígena nos Sertões da Paraíba Nova", de Ângelo de Paula. A obra investiga o trabalho compulsório dos povos indígenas entre os séculos XVIII e XIX no Vale do Paraíba Fluminense, revelando mecanismos de controle e exploração legitimados pela política indigenista colonial e imperial. Mestre em História pela UFRRJ, o autor se dedica à pesquisa das dinâmicas de ocupação da região e da resistência indígena diante da escravidão e do aprisionamento disfarçado.

Já Levi Tapuia, comunicador indígena e fotógrafo, lança "Resistência em Retratos: Mobilizações Indígenas de 2024", um livro que documenta a luta dos povos originários em eventos como o Acampamento Terra Livre (ATL) e a Marcha das Mulheres Indígenas. Com imagens marcantes, a obra denuncia o racismo e a violência enfrentados pelos povos indígenas, enquanto celebra a força da resistência coletiva.

O lançamento dessas quatro obras marca um momento significativo para a literatura indígena no Brasil, reafirmando a importância da produção intelectual e artística dos povos originários. O evento no Memorial dos Povos Indígenas será uma oportunidade para conhecer de perto os autores e mergulhar em suas narrativas, que transitam entre ficção, história, dramaturgia e fotografia documental, fortalecendo a visibilidade e a valorização da cultura indígena contemporânea.


O Memorial

O acervo do Memorial dos Povos Indígenas possui um inventário formado por peças de plumárias, cerâmicas e com os insumos próprios de diversas etnias. No espaço, há uma reserva técnica com as peças doadas do acervo particular dos antropólogos Darcy Ribeiro, Berta Ribeiro e Eduardo Galvão. No espaço também há peças apreendidas pela polícia federal na Operação Pindorama. De 6 de abril a julho, o MPI recebe a exposição Projetos de Futuro Panará, realizada pela Associação Iakiô. A mostra tem o objetivo de apresentar a história do povo que foi expulso do seu território tradicional, mas que conseguiu recuperar parte da sua terra e, depois de mais de 25 anos de retorno, registrou seus projetos de futuro em um importante documento chamado “PGTA da Terra Indígena Panará”.


Serviço

Memorial dos Povos Indígenas

(Zona Cívico-Administrativa, em frente ao Memorial JK)

Funcionamento: De terça-feira a domingo, de 09h às 17h

Informações: @memorialdospovosindigenas

Acesso: gratuito


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