Game brasiliense aborda temas históricos
Uma época de injustiças, mas também de resiliência e força. O ano de 1826 serviu de base para que a Uruca Game Studio criasse o game Mandinga: A Tale of Banzo. O período do Brasil imperial foi marcado pelo regime escravocrata e, também, pela coragem daqueles que lutavam em nome da liberdade. Ambientado na Bahia, o jogo acompanha a saga de dois africanos em situação de escravidão que lutam para sobreviver, fugir das atrocidades impostas pelo sistema e encontrar o Quilombo do Urubu, lugar onde os fugitivos poderiam encontrar segurança e esperança de uma nova vida.
O jogo alerta sobre um fato muitas vezes desconhecido pelos
brasileiros. Os negros escravizados eram bem distintos entre si, tinham
culturas, línguas e crenças diversas. Muitas vezes essas diferenças se
refletiam na própria situação dos escravizados, pois alguns possuíam tratamento
diferenciado e ocupavam postos de serviços menos penosos que outros. "A
Uruca Game Studio veio produzindo jogos com temáticas brasileiras desde o
lançamento do jogo Banzo: Mark of Slavery", revela Philippe Lepletier.
"Começamos a gostar de contar essas histórias escondidas da cultura brasileira.
Histórias que são ensinadas para a gente nas escolas, mas que não ganham
reforços na mídia pop de hoje em dia e acabam se perdendo, se esquecendo",
completa.
"Mandinga é um game que traz informação e reforça a
cultura brasileira, trazendo a memória para que as pessoas se recordem das
nossas raízes. Queremos que o jogo toque as pessoas nesse sentido, de fazer
elas conhecerem, se identificarem e defenderem a história cultural do
Brasil", afirma Philippe Lepletier.
Jogabilidade
Tendo como cenários a fazenda de plantação de cana-de-açúcar
e cidades da Bahia, o jogo promove batalhas em turnos, da mesma forma que os
clássicos jRPGs da Era de Ouro dos consoles SNES e Mega Drive. A diferença é
que o conjunto de dados é utilizado para atacar e lançar habilidades. Itens
equipáveis, como armas, armaduras, acessórios e habilidades destravadas por
nível fornecem um dado para o conjunto do personagem. O máximo de dados que
cada personagem pode jogar, em uma batalha, é cinco. O jogador pode montar até
cinco desses conjuntos para serem usados durante a batalha, podendo trocar
conforme a estratégia do momento.
Mandinga: A Tale of Banzo é um spin-off de outro título da
empresa: Banzo – Marks of Slave. Banzo foi o primeiro game da Uruca Game Studio
a participar de um edital de fomento à cultura. Trata-se de um jogo de
gerenciamento de um quilombo, o quilombo do Urubu, que ficava onde é hoje o
parque São Bartolomeu, na Bahia. O jogador precisa dar ordens aos quilombolas
para treinarem, produzirem e fazerem incursões na cidade de Salvador.
Uruca Game
Studio
Fundado em em 2013 por
Philippe Alves Lepletier, o Uruca Game
Studio é um estúdio independente localizado em Brasília. A empresa já fez
títulos para várias plataformas e tem, como objetivo, criar jogos encantadores
e inovadores, explorando novos tipos de jogabilidade que podem fornecer novas
experiências interativas e revolucionárias.
Ficha técnica
Philippe Alves Lepletier: Diretor
de Projeto e Game Designer
Lahiri Abdalla: Roteirista
Arlam Júnior: Músico
Diego Pablo Alves Rodrigues: Programador
Thiago André Araújo dos Santos: Artista
Serviço
Mandinga – A Tale of Banzo
Compre na plataforma Steam: https://store.steampowered.com/search/?publisher=Uruca%20Game%20Studio
Site oficial: http://www.urucagames.com.br